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Poética, Antes que a vida mate todos nós

A vida é um pouco como Vegas.
Temos esperanças de que o bom há de vir.
Apostamos nisso.
Apostamos quando mudamos de cidade.
Apostamos em alguém que a gente confia.
Apostamos no amor.
Apostamos que algum dia todas as merdas da nossa vida
irão embora com a descarga.
Até que a bola é encaçapada e a maçaneta é aberta.
Azar o nosso.
Bolso furado, coração quebrado, fígado cheio de whiskey
e o coração cheio de charutos.
A vida dá até umas migalhas.
O cansaço dessa mesmisse esmaga nossos ossos até o pó.
Mas não há muito o que fazer.
Por isso Bruno entra nas filas de pão.
Por isso perdi um pedaço da tempora na gilete daquele
barbeiro.
Porque o mundo não é sobre o sexo dos anjos.
As apostas te fazem ganhar uns pontos e rendem alguns
reais.
Você aposta de novo e ela cata tudo que tem.
Não há como resistir, a vida é mesmo beirada de
mesmices.
Nos afogamos em rotinas e tudo fica tão turvo
mesmo sem aqueles copos.
mesmo sem teu corpo colado no meu.
mesmo sem aquelas fumaças.
Aposta naquelas coisas que você não faria por
arrombadisse
alheia.
Aposte na vida antes que ela mate todos nós.

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Description

Nas profundezas das experiências entre a construção naval e o agenciamento
marítimo, um autor encontrou sua voz poética. Influenciado por mestres como Bukowski
e Fante, e acompanhado por charutos, vinhos e notas de jazz antigo, ele se entrega à escrita
sincera e brutalmente honesta. Com o livro “Antes que a vida mate todos nós”, Bruno Sias nos
convida a mergulhar em sua poesia única, enxergando a beleza nos momentos
aparentemente comuns. Seus poemas nascem nas noites frias, contemplando o convés dos
navios e as sarjetas solitárias. Uma jornada íntima que revela a fragilidade humana e a
busca pelo significado.

Descubra essa obra envolvente e introspectiva, onde a autenticidade transborda
em cada página. Permita-se ser cativado pela poesia bruta e emocionante deste autor
singular, que transforma o ordinário em algo extraordinário, convidando-nos a refletir
sobre a vida e a encontrar beleza onde menos esperamos.

 

Sobre o autor:

Minha poesia nasceu nos anos de trabalho entre construção naval e agenciamento marítimo,
caminhando noites frias no convés dos navios, procurando algum lugar para ir, longe das
sarjetas e das madrugadas solitárias.

Influenciado por Bukowski, Fante, charutos, vinhos e notas de Jazz antigo… depois de publicar
meu primeiro livro “Crônicas de areia & Poemas de lama”, encontrei na prosa, uma voz para
escrever de forma brutalmente sincera. Não li os clássicos, não terminei a faculdade, abandonei
os navios e fui me dedicar aos vinhos. Estudar vinhos, escrever sobre a vida. Natural de Pelotas
– RS, após 15 anos em Rio Grande, mudei para Porto Alegre; sempre a procura do próximo
poema ou da próxima taça.

 

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@bruno.sias